26.5.10

Crises

Década de 20. Século XVIII. Portugal tinha visto as invasões francesas e suportara duas guerras civis. Sem governo digno desse nome, o país não tinha eira nem beira. Não tinha finanças, riqueza, produção, exportação, lógica. Futuro? E, no entanto, vinte anos mais tarde, Portugal assistiu ao período mais aúreo da sua mdernidade, a regeneração. Das infra-estruturas, à cultura, da saúde à educação, a sociedade. Em todos os campos a normalidade instalou-se, sem gravidade. É certo que não foi um mundo novo que se criou, não era perfeito, muitas mais crises se seguiram. Mas após a escuridão, a luz brilhou durante algumas décadas.
Precisamos de uma nova regeneração. O pais precisa de se revolucionar. Nas mentalidade, nas intenções, na vontade, na sa socialidade.
Portugal precisa de se construir, de baixo para cima. A liderança não pode vir do governo, pois que o governo tem de ser cauterizado. As famílias, não as nucleares, mas os clãs, neles reside a base da socialidade mediterrânica. Pais, avós, tios, primos, unidos numa intenção única. Depois as colectividades. Sejam os bombeiros voluntários, os clubes de serviço, as filarmónicas, os escuteiros... cumprindo cada um o seu pequeno destino de melhoramento social. Os bocadinhos, mas autónomos. Quem sabe um dia as empresas.
O governo no fim. Mas cauterizado. Limitado, relegado para o seu papel de auxiliar. Pondo fim ao totalitarimso democratico que hoje impera.